De volta ao Brasil!

Obrigado a todos que nos acompanharam

sábado, 29 de dezembro de 2007

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Off-Topic

2007 está acabando e compilei no C'est la Vie, meu blog, a lista dos cinco melhores filmes que vi neste ano. E a grata surpresa, TODOS são Brasileiros. Confere .

No ano em que morreram Antonioni e Bergman. E em que os cinemas foram tomados por continuações, terceiras partes de qualidade duvidosa, assisti a bastantes filmes. No Brasil estava vendo uma média de 3 por semana, aqui em Londres peguei alguns na Faculdade e baixei na internet outros vários, inclusive o número 2 (zero dois?) da lista. E no cinema o único a que assisti aqui foi o excelente Mutum, que por pouco não entrou na lista.

A Julieta lembrou o Mea Culpa; bom, vi mais filmes nacionais este ano, fora os mencionados ainda ficaram fora da lista os bons Cão sem Dono, Saneamento Básico, Cidade dos Homens e O Primo Basílio. Ainda vi os ótimos A Máquina, Cinema, Aspirinas e Urubus, mas continuo em débito com os clássicos do cinema brasileiro.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Barcelona

Após quase seis anos, I'll be back. Ou melhor, volveré.

E agora com a Julieta.
Aguardem, London Log, direto de Barcelona
de 4 a 6 de Janeiro de 2008.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

domingo, 23 de dezembro de 2007

London Fog

A Neblina hoje chegou com tudo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Counting

São 3 meses.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Semana final

Foi a última semana de aulas, segunda e terça, foram as últimas aulas do ano, e as últimas do Mestrado do pessoal que começou em Fevereiro deste ano. Mas ainda há muito trabalho a fazer.

Na quinta trabalhei no Cloakroom,(também conhecido como guarda volume ou chapelaria), de uma festa de fim de ano de uma empresa qualquer. Foi bem legal, só que acaba tarde, 1h da manhã. Ganha-se algumas gorjetas também. Sexta fui pela primeira vez na O2 Arena. O negócio lá é fino. Tinha um senegalês trabalhando com a gente foi bom pra treinar meu francês.

O fim de semana foi por conta das apresentações do grupo da Julieta. Elas aconteceram na Frost Fair. Sábado, saímos correndo de lá para trabalhar no teatro. Ainda conheci a Marie amiguinha francesa da Julieta, e o Bernardo(foto) da minha faculdade foi lá prestigiar com sua esposa.

Esse vídeo fiz no sábado, o prédio grande é a Tate Modern, uma galeria de arte.



No domingo foi mais cedo, fizeram duas apresentações desta vez de frente ao Shakespeare Globe Theatre. Ali compramos nosso presente de Natal. Vale registrar um protesto anti-shakespeare (foto). Tem doido pra tudo.
O vídeo de domingo ficou melhor, mais claro:

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Na garganta do Dragão

Cheguei ao 12h. Respirei, olhei para o colchão e ele parecia me devorar e me repelir. Não consegui fazer a cambalhota. Chorei. Chorei. Decidi começar a apresenação por outra coisa- após machucar o pescoço. Algo que me desse mais segurança. Escolhi a tal cambalhota de lado, que amo fazer.
Meditei. Entrei em cena. Abri o espaço abrindo os braços, o meu peito e minha mente, e fui. Ouvindo o som da minha respiração, sentindo a pausa entre cada movimento, fiz a cambalhota seguida do passo, a cambalhota simples, todos os saltos, todos os sutis movimentos entre um e outro, instigados pela minha respiração. Voltando para casa minha colega Didge me disse: Você foi precisa, clara, calma, elegante e graciosa.
Para se matar o dragão é preciso entrar dentro da garganta dele, e os minutos antes, sem dúvida, serão sempre os mais terríveis, porque em segundos ele está morto e você se vê gigante, como a maior e mais perfeita assassina de seus medos. Que venham mais, agora a espada está em punho.

Julieta

Kings of Leon, Cillian Murphy e o Frio

Hoje trabalhei no Show do Kings of Leon. Foi bem divertido, porque pela primeira vez vi a Wembley Arena armada sem cadeiras na pista, i.e. o pessoal via o show de pé e a gente podia vender na pista. Deu a impressão de ser o dia mais vazio - mas não sei - foi também o dia que ganhei mais gorjeta, 2£, aqui eles não têm muito o costume de dar gorjeta. Vi mesmo o show de abertura de uma banda chamada Manchester Orchestra. Jurava que fossem de Manchester, mas não eles são Atlanta, EUA. O sonzinho deles é bem legal. Mal começou o Kings of Leon e encerramos. E ainda vi o ator Cillian Murphy (foto), achei legal afinal acho o cara super competente.

Fora isso hoje foi o dia mais frio aqui. Digo isso, porque, como não há termômetros nas ruas, sabemos a temperatura pela internet. E como cada site dá um valor diferente às vezes ficamos sem saber. Mas fato é que o Yahoo! chegou a marcar -5˚. Mas como não ventava, estava bem tranqüilo. O vento é que complica. Mas soube que estava mais frio porque só de respirar normalmente pelo nariz saía muito vapor, os carros estavam brancos, dá aquela aguinha e ela congela, e o chão escorregadio, parece que está ensebado mas é gelo.

Leonardo OCunha

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Programme

Ontem trabalhei na Wembley Arena, era show de uma banda que não conheço - Crowded House. E como sugere o nome da banda, foi dia de casa cheia. O interessante aqui, e o que mostra uma diferença de um país rico, onde as pessoas têm poder de compra, é que em todo evento é posto a vendo o Programa do show, ou jogo, etc. E muita gente compra, é um livreto com informações, fotos e tal. Ontem achei algo muito inventivo, o pessoal vende, assim que acaba o show, o CD com a gravação do show a que você acabou de assistir. Isso eu compraria, adoraria por exemplo ter o CD do show do Weezer em Curitiba.

O pessoal da MjrTom estava em polvorosa para trabalhar hoje na O2 Arena. Tudo porque o show é de ninguém menos que Led Zeppelin. Bom eu tenho aula hoje, e não sou tão fã, fiquei fora desta. Quarta-feira tem Kings of Leon, em Wembley e sexta Madness na O2.

Leonardo OCunha


sábado, 8 de dezembro de 2007

Pizza

Comemoramos nossos quatro anos com Pizza e Vinho.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Brasileiros

Já não me causa admiração encontrar com brasileiros pelas ruas. Acostumei a ouvir português no ônibus ou no metrô. Na MjrTom, empresa que vende cerveja, a comunidade brasileira domina. Os party managers são todos brasileiros, e os runners (pessoal que vende como eu) o são também na maioria. Acredito que aqui deva ter mais brasileiros do que, digamos, em Divinópolis.

Acabo de chegar da Embaixada do Brasil em Londres, onde houve uma recepção aos estudantes brasileiros de pós-graduação. Mais um monte de brasileiro. Quase não fui lá, pois o Bernardo, o carioca da faculdade, não iria porque sua esposa está doente, ela tem lupus e estava no hospital. Mas acabei indo. Encontrei lá a Iará, uma pernambucana que também estuda com a gente, Paula uma paulista de traços orientais que já tinha visto pela Universidade, mas que estuda uma coisa estranha, tipo polímeros (?). A Sasha, Alexandra na verdade, que é a russa casada com um brasileiro. Mas a grande surpresa seria encontrar o Thiago Neuschwander Galery, o cara estudou comigo no Colégio Santo Antônio, depois fez filosofia na UFMG, fez mestrado e agora está aqui fazendo um doutorado em filosofia e linguística. É a velha máxima o mundo é pequeno... E como diz a Julieta eu sempre encontro alguém do CSA em todo lugar que vou, aqui não foi diferente.

Além disso comi pão de queijo com guaraná, mas coxinha e empadinha não sobrou pra mim. :-(
Valeu o encontro e ainda peguei um encarte do Inhotim que vou mostrar pro pessoal do meu curso.

Leonardo OCunha

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Turma Toda

Uma turma de teatro é uma turma especial. Sim. Quem já teve sabe. Porque fazer teatro é "despir-se", é encontro consigo e com o outro, e encontrar intimidade para o toque, para a respiração que se ouve, para a troca que acontece não só através do olhar, mas através do corpo e para além dele. É confessar-se todos os dias, e não ter medo de chorar, de não conseguir soltar a voz ou o corpo, ou até mesmo "sofrer" por uma cambalhota. É dia-a-dia, é conhecer faces que muitas vezes ficam ocultas e só vêm a tona quando se coloca literalmente uma máscara na cara.
Eu, particularmente, tive sorte. Porque tive uma turma bem legal no TU, por tudo, inclusive os "arranca rabos" e agora, no Lispa, tenho outra turma tão linda e tão especial. Cada um de um canto do mundo. Dessa vez não são só diferenças de histórias de vida mas são diferenças verdadeiramente culturais, e é mágico o quanto isso nos faz ser MAIS. Vale a pena clicar na foto para tentar vê-los um pouco mais de perto, pois é com essas pessoas que divido seis horas diárias todos os dias, meus medos, descobertas e alguns segredos.


Aniversário

Hoje completamos 4 anos. Como disse meu amigo Reynaldo, muito pouco para quem quer passar juntos uma vida inteira.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Cliché

Vim para a Inglaterra e viciei em tomar chá com biscoito à tarde.

Leonardo OCunha

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Rugby

Sábado trabalhei no Twinkenham Stadium, um estádio enorme de Rugby, que é tipo futebol americano mas sem equipamento de proteção. A partida era África do Sul, que ganhou a última copa do mundo em cima da Inglaterra, versus Barbarians, a seleção do mundo. Ficou 22 a 5 pros Barbarians. E eu vendi uns 30 litros de cerveja :-)

domingo, 2 de dezembro de 2007

Party!

Finalmente desentocamos, socializamos e fomos a uma festa!!! ( das muitas que sempre nos convidam).
Foi do outro lado de Londres, em uma igreja que parece ter se tornado um espaço cultural, muito legal. Saí da aula na sexta e com meus colegas fomos pegar um ônibus, para depois o trem, Leo me esperava na estação final, pois ele saiu de casa. Compramos cerveja, fomos bebendo e rindo muito. Fomos eu, Jojo que também é brasileira de São Paulo, Diego, Alice que nasceu no Rio e cresceu em Portugal, Naomi que é de Porto Rico, Katerina da Grécia, Robin e Melissa daqui da Inglaterra, Daniela da Suíça e Matteo que é italiano. Na festa dançamos muito, música eletrônica, tomamos uma cerveja cara e podemos ver uma exposição de fotografias de uma artista espanhola que era bem interessante. Na festa muita gente falava português de Portugal e espanhol ( descobri que é realmente difícil entender o espanhol quando dito de forma fluente), isso porque era a festa de aniversário de uma amiga da Alice, a portuguesa. Voltamos no ônibus noturno, pela primeira vez o pegamos! E chegamos em casa as 4 da manhã! Horário digno de quem se esbalda. Decidimos que isso deve acontecer mais vezes...A foto conta um pouco mais...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Transporte

A primeira coisa que salta aos olhos no transporte em Londres é, logicamente, a mão-inglesa, os veículos circulando pela esquerda e o motorista do lado direito do carro. Como não dirijo aqui, a preocupação é ao atravessar a rua, curioso como instintivamente estamos acostumados a olhar para lado de que vêm os carros. Agora passados mais de dois meses aqui já me acostumei, mas o escrito no chão (look right ou look left) foi fundamental no começo. Até aquela coisa de olhar pro motorista para conferir se ele está te vendo pode ser confuso aqui, às vezes nos deparamos com crianças, bancos vazios, ou cachorro, onde esperávamos ver o motorista.

O metrô aqui é uma coisa boa, mas nem sempre é a solução de todos os seus problemas. As estações são fáceis de seguir, as linhas cobrem boa aérea de cidade. Há ainda os trens urbanos pela superfície. Os ônibus são os famosos vermelhinhos de dois andares, têm as variações, os de um só andar mesmo, e o articulado. O bom é que dificilmente o ônibus fica lotado, em cima não se pode ficar de pé e embaixo tem bastante espaço. Nos pontos tem um marcador dizendo o número o destino e quantos minutos faltam para os próximos ônibus. Se o motorista já tiver arrancado ele nao para se voce chega atrasando correndo, e abrir a porta fora do ponto nem pensar. Todo o sistema é integrado e usamos um cartão, que chamam de Oyster (ostra). Estudantes têm um especial que dá desconto quando se compra os passes para andar livremente por um período. O meu são 62 pounds para usar metro e ônibus por um mês. Da Julieta é 35 para usar somente ônibus. Fora isso pode-se colocar créditos para ir abatendo quando se usa algo que não é coberto pelo passe. A tarifa de uma viagem de metro varia de 1.5 até uns 4 pounds nas areas mais afastadas. No ônibus se paga 0.90 com cartão e 2£ se pagar em dinheiro, o que quase ninguém faz e algumas linhas nem aceitam, nao tem cobrador nem roleta, e so passar pelo motorista e encostar o cartão num validador.

Não tem tantos carros na rua, mas para circular na area central se cobra uma taxa de congestionamento. Os táxis são outra atração, são carros modernos com aspecto dos clássicos tipo anos 50. Aqui ninguem fecha cruzamento, eles respeitam aquelas faixas amarelas. Os estacionamentos sao controlados, há os parkmeters, aparelhos que você joga moeda pra poder estacionar de frente, e as vagas nas ruas residenciais são só para os moradores.Os motoristas nao são tao cuidadosos com os pedestres como em outros lugares que conheci, mas quando ha um faixa de pedestre, que eles chamam de zebra crossing todos os carros param se tiver alguem pra atravessar. É assim, ou tem sinal luminoso, ou tem a faixa. As faixas são mais raras, tem nos pontos turísticos, ou numa rua sem cruzamentos, Abbey Road por exemplo tem um monte, a famosa da capa do disco dos Beatles ainda não fui capaz de distinguir qual é.

O negócio é que com transporte se gasta muito em Londres, só perde para moradia e alimentação, e passa-se muitas horas em trânsito, bom que no metrô dá pra ler. Ah e o site Transport for London é fundamental para se guiar aqui, uma mão na roda. Segue umas fotos afins;


transportes

Leonardo OCunha

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Working...

Fora minha experiência com os bilhetes de teatro mês passado, tive o primeiro trabalho remunerado este fim de semana, na verdade dois. Sábado, fomos, Julieta, Diego e eu, trabalhar num teatro onde apresentam um show de comédia, Stand-up comedy. Depois de um pequeno estresse para chegar la, já que marcamos com o Diego na Victoria Station, e ele acabou se atrasando um pouco, então tivemos que pegar trem em vez do ônibus, e estas esta;oes podem ser uma loucura. Chegamos 15min atrasados, mas sem problemas. Esther a produtora la, nos separou nas seguintes funções, Diego na platéia, Julieta na porta, recolhendo bilhetes e carimbando a mão dos que entravam e eu na bilheteria. Foi bem legal, fora isso ajudamos a levar comida no camarote, a ajeitar as cadeiras, e a conferir se o publico se mantinha em silencio durante as apresentações, além de qualquer ajuda tipo indicar onde fica o banheiro. Ganhamos por 4horas de trabalho 30 pounds cada. Tomara que se repita amiúde.

Não posso deixar de mencionar que um trabalho assim era tudo o que queríamos quando viemos pra cá.

Meu trabalho de domingo foi vender cerveja na mochila num jogo de futebol, Fulham vs Blackburn. Mas dessa vez nao foi chope, mas cerveja de garrafa, de plástico. A equipe da MajorTom, a agência que faz este servi;o eh cheia de brasileiros. Os managers são todos do Brasil parece, e mais da metade do pessoal que estava vendo neste evento. O estádio é bem legal, antigo, mas com inovações tipo TVs de plasma (99% da tvs aqui são de plasma) na área externa pro pessoal ver outros jogos antes de começar a partida e com transmissão ao vivo durante o jogo. É proibido beber do lado externo do Estádio, e também não se pode beber nas arquibancadas. Só é permitido do portão pra dentro, mas sem entrar nas arquibancadas. Também não se vende cerveja durante a partida, nem ao final. Então vendemos duas horas antes de começar o jogo e depois durante o intervalo. Vendi tudo, no intervalo a saída é maior, em menos tempo. Toda a Staff que trabalha no jogo tem uma base numa escola pertinho do estádio, onde deixamos nossos pertences e recebemos nosso lanche e uniforme (camisa polo, moleton do clube, e devemos ir obrigatoriamente de calça social e sapato pretos.)
O jogo ficou 2x2.

Quarta comecei na acadêmia, o trabalho é tranqüilo, tem algumas horas de ócio. e quando o pessoal vai embora tem que correr pra deixar tudo ajeitado. Ganhei uniforme e tudo. É basicamente ficar na recepção, mudar a quadra, tipo, de volei para futesal. E no final deixar tudo arrumadinho porque na manhã seguinte o lugar é usado por uma escola. É também um trabalho casual, eles ligam quando precisarem de mim, eu por minha parte, também posso recusar se tiver algum impedimento.

É isso aí!
Leonardo OCunha

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Assignments

Tenho que escrever vários trabalhos pro mestrado. Aqui eles pedem por palavra, são dois de 4000 e dois de 2000. Ontem e hoje escrevi cerca de 1500. É só o começo. Let's do it!

Leonardo

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Acrobacia

Tenho visto, de vez em quando, o mundo pelo avesso. De ponta cabeça. Da primeira vez que alguém agarrou minhas pernas no ar eu gritei. Gritei muito. De espanto. Lutando contra a força da gravidade e descobrindo diferentes ângulos e impulsos. Tanta cambalhota não deve ser a toa.
 De vez em quando dá a zonzeira, porque é demais tentar se ver demais e ver que não se vê, e enxergar de ponta cabeça.
Afe! Quanta filosofia, mas é que o simbólico das coisas é o mais legal.
Porque a transformação que se sofre ao andar por imagens criadas, forjadas por você, com uma máscara na face é algo que não se põe em claras palavras, fica na metáfora.
E se você não entendeu tanta maluquice, não se preocupe, eu ainda não entendi também.
Julieta


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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Just for the record

São dois meses aqui.

domingo, 18 de novembro de 2007

Corpo.

Estive doente. Por cinco dias. Há uma semana. Tive infecção urinária, dor e muita febre, de 40 graus, calafrio de bater queixo e suador de encharcar o lençol e a camisola. Por todos esses cinco dias tive que trocar de roupa de noite. Mas suei tudo. Fui ao hospital aonde fui brevemente atendida e medicada. Chorei por perder três dias de aula, e nessa semana que agora acaba foi o meu retorno com gás total. Aprendi a tomar mais água, e talvez meu corpo esteja aprendendo a lidar com tanta informação. É horrível ficar doente, mas as vezes é preciso parar e suar tudo isso. Toda essa informação sobre mim, e toda essa falta de água! Estou muito bem agora, já até falei sobre a saudade e já até fiquei de novo de pernas pro ar.
 
Julieta


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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A palavra. A Saudade.

Ontem na aula de voz tive o momento de saborear uma palavra.
Poderia escolher qualquer uma, para sentir todos os movimentos da boca, da língua, da respiração.
E eu escolhi saudade. Saudade. Primeiro porque é uma palavra que só existe em português, segundo porque é um termo ambíguo, um misto de dor e angústia mas que é provocado pelo amor.
Quando a professora disse para escolhermos duas palavras, uma boa e uma ruim, eu escolhi Saudade e Miséria. A segunda, diferentemente da primeira, para mim, tem um lado só. Um lado ruim, áspero, triste, quase que sem saída.
Mas após saborear um bocado da Miséria e da Saudade em meu cantinho na sala, fomos compartilhar com o colega. Minha dupla foi a Daniela, a suíça, pequena, com a pélvis jogada para trás, as sobrancelhas arqueadas e um sorriso tão doce.
Ela acariciou meu ombro e começou a sussurrar a palavra dela, na língua dela. Tão doce e envolvente ela mexia meu corpo e sussurrava ao meu ouvido: Suna...e o som do "s" era parecido com um "x"...e ela dizia aquilo com uma energia e alegria tão grandes, que aos poucos nossa respiração entrou em sincronia e seguimos em um só som, como se fôssemos uma só voz: SSSSuuuuunnnnaaaaaa. E foi lindo! Eu não sabia o que significava, mas isso não interessava, porque o som se tornou mais importante que a tradução, e nosso embalo e nossa respiração fizeram com que, por segundos, nos tornássemos uma só.
Depois chegou minha vez de ensinar-lhe o som de uma palavra em português e, claro, não dividiria com a Daniela a Miséria, dividiria a Saudade. E sussurrei ao seu ouvido: Sau-da-de; Sau-da-de...e uma melodia surgiu,no começo ela repetia apenas as vogais, aos poucos o som da Saudade ganhou forma em sua boca e em nosso corpo. E juntas cantamos a Saudade. A cantamos abraçadas, em português, respirando juntas: Saudade...
Suna é Sol em Suíço-alemão. Cantamos a Saudade para o Sol.
Hoje senti uma Saudade sentida da minha cachorrinha que partiu. Não precisei cantá-la, talvez não tenha chegado ao Sol...Saudade é difícil de curar...mas seu som, ontem, me levou junto com Daniela à mais forte luz do dia.
Saudade é para ser curada?
Julieta


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segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Tamanho

"Nós sempre somos maiores do que acreditamos ser."
Thomas Prattki, diretor do Lispa, durante a aula em 12 de novembro

domingo, 11 de novembro de 2007

O Brasil está aqui 2

Passamos numa vendinha brasileira e compramos alguns itens de primeira necessidade. rsrsrs...

6 de Novembro, 6 meses

Na última terça-feira comemoramos, com vinho e quiche, nosso aniversário de seis meses de noivado.



sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Jobs

A Jobs Fair da semana passada acabou rendendo mais frutos do que só a bolinha e a caneca. Ontem fui a uma entrevista que foi mais um dinâmica de grupo, para se trabalhar na Abercrombie & Fitch, uma loja americana que está abrindo a primeira filial aqui em Londres. Eu fui pelo trabalho de caixa, mas no grupo estavam também as pessoas que concorriam à vaga de model, que na verdade são os vendedores que ficam na loja, mas eles não chamam de vendedores. Na dinâmica só tinha mais um homem e um monte de mulher bonita com jeito de modelo.

Outro esquema que surgiu foi um treinamento para trabalhar ocasionalmente em eventos, primordialmente servindo bebida às pessoas usando uma mochila de chopp. Para isso vou ter um treinamento semana que vem, onde saberei mais detalhes do trabalho.


E hoje tive um entrevista para trabalhar numa academia de ginástica, o trabalho é meio faz tudo, mas tem uma vantagem que é uma desvantagem e vice-versa, ele também é ocasional; o gerente liga na semana anterior para dizer se tenho trabalho na semana seguinte. O que me deixa mais flexível caso aperte na faculdade, mas não garante um salário fixo.

O bom é que tem muitas opções aqui, e uma hora fecho em algo que seja interessante.

Leonardo OCunha

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Semana de Aula

Nesta segunda tive aula de novo com o Roger, pois na segunda semana tivemos os workshops, na terceira tive aula com a Simone, porque o Roger estava em Georgia (o país), onde ele comeu algo estragado e acabou faltando à aula da semana 4. Na semana seguinte Roger ainda debilitado caiu da escada da sua casa, fraturando o cotovelo, desta vez a Simone voltou a substituí-lo. Agora ele está de volta...

Na terça-feira foi aula com a Maggie de novo, além da aula com todo mundo junto. Na quarta pela manhã não fui à aula, depois conto porquê...

Leonardo OCunha

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O Brasil está aqui

Acordamos que depois do café, tiramos o feijão que passou a noite de molho e o colocamos para cozinhar, enquanto assistíamos à série Damages, nosso novo vício. Ele não demorou tanto para ficar pronto, Julieta fez o arroz e espinafre. comemos um belo prato de arroz com feijão. Para o Domingo ficou um resto do feijão, que se juntou ao novo arroz e cenoura e ovo frito. Comidinha como diz a Julieta.

Às 14h Julieta teve um encontro com colegas de sala numa casa onde moram alguns alunos da LISPA. É relativamente perto daqui, fomos de ônibus, fica fácil achar as coisas pelo Goolge Maps e pelo site do Transport for London. Mas fui acompanhando a Julieta para passear a garantir que ela chegasse direitinho, afinal mulheres não são tão boas com mapas. No ônibus entrou um rapaz e uma moça, brasileiros e crentes, com Bíblia de baixo do braço e cabelo passando da cintura. Depois para um mulher na nossa frente e Julieta comenta que ela tem cara de brasileira, dito e feito, eram ela e amiga. Senta no fundo uma família, com criancinha, brasileiros. Toca um celular, atende um camarada de cabelo aneladinho; alô! Brasileiro.

Descemos um ponto depois do nosso, e demos de cara com um Ilha Brasil, um bar e restaurante brasileiro. Letícia a prima da Julieta com quem ainda não nos encontramos, combinou de almoçarmos sábado que vem num restaurante brasileiro, em que ela diz ter um ótima feijoada.

O negócio é que tem muito brasileiro aqui, há revistas e jornais só para brasileiros. Sempre fiquei curioso em saber o número de pessoas que vieram do Brasil para cá. Essa semana saiu uma matéria sobre Londres no suplemento de Turismo do jornal Hoje em Dia, onde mencionaram este número. Minha mãe ficou de olhar pra mim,,

Well, do jeito que estamos cozinhando aqui, propus à Julieta abrirmos um restaurante de comida brasileira em Londres, em que ela seria a chef, hehehe. Seguem as fotos dos almoços.


Leonardo OCunha

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Janela

Hoje em nossa aula de Alexander ( uma técnica) fomos ao parque. Coincidência ou não existe um parque bem próximo a escola, desses que tem aos montes por aqui, com uma grande area descampada e verde, amplo, enorme, ao redor várias ávores com folhas coloridas em tons pastéis, dessas que caem ao chão em filmes europeus. Embaixo das árvores bancos de madeira, e muita, muita vastidão.

No início fizemos jogos com bolas, arressando enquanto corre, enquanto pula em um pé só, enquanto fecha um olho. Depois ele nos pediu que tentássemos encontrar modos de nos tornar vísiveis e invísiveis, em sermos vistos e não sermos vistos. E concluímos que o corpo se fecha quando não queremos ser vistos e se abre quando queremos, discutimos qual o modo que nos colocamos em nosso cotidiano e o professor colocou a questão: poderia ser se abrir para a vida, ou se fechar para ela, maybe...it's possible!

Depois disso veio o inesquecível momento das janelas. Nos pediu que focalizassemos um ponto naquela imensidão verde e colocassemos nossas mãos ao lado dos olhos como uma janela. Com o foco sempre no mesmo ponto abrimos lentamente as mãos, e abrimos e abrimos, até os braços se abrirem por completo e mesmo com olho focado no mesmo ponto a imensidão do parque invadiu o corpo, o vento foi melhor sentido, os barulhos ao redor melhor escutados. Após isso corriamos e localizavamos outro ponto no espaço e fazíamos a mesma coisa, e mais, e mais. Foi então que ele nos pediu que lembrássemos um momento frustrante, resgatássemos toda a sensação, e que isso fosse sentido e o corpo respondesse. A partir daí fechamos a janela, dessa vez ainda mais fechada que a primeira e a abrimos, a abrimos e corremos pelo parque até encontrarmos outro ponto.

O que acontece é que a sensação da frustração se esvai. E ele, tranquilamente nos disse: Isso é uma pequena mostra do que nosso corpo e mente pode fazer, se nos abrimos e nos conectamos com a imensidão do mundo o nosso corpo não consegue se curvar para nossas frustrações. Se percebemos a imensidão de tudo e nos abrimos para ela, as coisas mudam.

Então,nos perguntou: Que abertura de janela você está usando hoje?

Deixo a pergunta no ar, mas até minha dor de garganta e meu cansaço despareceram.

Julieta

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Marcas etc

Bom, reflexos do mundo globalizado. Estou a milhares de quilômetros de casa e várias coisas são exatamente as mesmas. Não se pode olhar uma pessoa e pensar em sua nacionalidade pelo que esteja vestindo, todo o mundo usa tênis Nike, casaco Adidas, mochila JanSport, escuta iPod, fala num Nokia, etc. Os carros que circulam por aqui, a despeito da mão invertida, são 90% os mesmos (ver post), peugeots, Hondas, Mercedez, Fords, Citroen, VW e por aí vai. No supermercado então a coisa é muito louca, nem preciso falar da onipresente Coca-Cola, mas muitos produtos às vezes inusitadamente estão presentes nas prateleiras, Dove, Palmolive, Confort, Colgate, Nestlé. Alguns mudam os nome mas tem a mesma logo-marca, como os sorvetes Walls igualzinho o da Kibon. Ainda tem os Bancos, HSBC tem aos montes, Abbey é do grupo Santander... Meu computador em que escrevo é um HP... nas fotos que separei tem alguns exemplos de produtos que consumimos, familiares ou não.



By the way, até então sempre que nos perguntavam se encontrávamos de tudo aqui, a resposta era sempre sim exceto feijão. Fora os enlatados, não tínhamos mesmos encontrado, até que um dia vi no fim da prateleira, quase no chão um saquinho lá, Feijão. Comprei, tá na foto, agora vamos tentar cozinhar sem panela de pressão.

Leonardo OCunha

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Wednesday Morning

Nesta quarta comecei a ter aulas de Research Methods pela manhã. É a mesma materia de terça a tarde, com todos os cursos juntos. Serão quatro semanas com a I-Ling uma figura de Taiwan, ela usa uns terninhos e no primeiro dia ficamos sem saber se era homem ou mulher. Como a matéria vai trabalhar com Dados Quantitativos, pediram que levássemos laptops para a aula. O que deixou a Julieta triste, por ter de ficar a manhã toda sozinha e sem computador. E acabou que hoje nem o usamos.

O Bernardo veio hoje empolgado com o DVD do Tropa de Elite. Fiquei sem jeito de falar que já tinha baixado e visto o filme, peguei o DVD. Bom que posso emprestar pros colegas da Julieta.

Teve ainda hoje na Faculdade uma Jobs Fair, onde empresas recebiam currículos de estudantes para trabalharem com eles. Não achei muita coisa interessante, mas deixei vários currículos meus e da Julieta também. Bom mesmo foi os chocolatinhos que ofereciam, e ainda ganhei uma bolinhas dessas gostosas de apertar e uma caneca, sempre muito útil.

Cheguei em casa e comi lasagna, dessas congeladas. Ela não pareceu tão boa quanto da primeira vez. Afinal foi a primeira coisa "feita em casa" que comemos aqui, agora com nossos almoços classe A, a cotação da lasagna caiu bem.

Leonardo OCunha

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Home

Ontem voltei da aula ouvindo música. Lembrei de muitos queridos, sem nenhuma saudade dolorida, nenhuma. Apenas lembrei, olhava pela janela do ônibus e via o movimento de Londres e suas peculiaridades. Projetei boas energias, ou, fiz uma oração, se assim preferir chamar, pela Joana, minha colega de sala, que tá morando numa casa com cinco homens, onde tudo é sujo e bagunçado, e por isso está odiando, e por essa razão têm estado cansada e com saudades do Brasil, rezei para que em breve ela consiga se sentir em casa, ter uma casa e não mais querer seu apartamento em São Paulo.
Não sinto saudade do Brasil, especificamente não. Lembro de muitas pessoas com amor, mas sei que em breve as verei, e o tempo presente aqui têm sido especialmente bom.
Mas não posso esconder minha vantagem sobre os demais que estão aqui de passagem. Porque chego em casa, e ela está limpinha e cherosa. Não moro com várias pessoas, mas com uma só. Que me recebe ao fim do dia com beijos, abraços e lanchinho. Que fala minha língua, mesmo quando inventamos de falar em inglês. Eu estou em casa aqui. Minha casa está aqui comigo.
 
Julieta

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domingo, 28 de outubro de 2007

Mea Culpa


Ontem, sábado, tive uma aula extra de Space Lab, em que nos encontramos à margem do rio e caminhamos pelas ruas de Londres, observando os movimentos "invísiveis" da natureza, presentes na arquitetura, nos monumentos. Foi um passeio, como sempre, muito agradável, porque Londres é uma cidade com uma energia muito específica, e deliciosa, além de ser super charmosa e cheia de surpresas. O interessante foi notar pelas ruas as manifestações sobre guerras, como uma escultura em que são talhadas várias feições humanas que espantam, provocam e dizem muitas coisas.
Por aqui já passaram guerras mundiais e é interessante passear pela cidade com a descrição do professor, que nos apontou os marcos de celebração dessas guerras, e refletir que espécie de celebrações são essas, se pela morte, se pela nostalgia, pela honra, pelo o quê. O interessante foi que ao chegar em casa, eu e Leo assistimos ao filme nacional Tropa de Elite, e gostei muito, principalmente da forma como ele coloca a classe média e alta no filme. Os estudantes que discutem Foucault fumando um baseado, que tem uma Ong no morro e vendem maconha na escola. Me fez lembrar minhas leituras de Paulo Freire e o que entendi delas, de que de nada serve movimentos solidários e discursos filosóficos se não se age no cerne da questão, se não se realiza uma transformação efetiva, se não se parte efetivamente para o campo da ação. Cenas como a discussão senso comum a respeito da policia, a hora da passeata e o momento fortíssimo em que o Nascimento esfrega a cabeça do estudante ( e traficante) na barriga de um homem morto, dizendo: "quem matou ele foi você!"( por mais radical que possa parecer) me fascinam. Já com o documentário "ônibus 174" esse diretor havia me provocado, e agora ainda mais.
Aqui vê-se muitas declarações a respeito da guerra no Iraque, e é muito louco pensar nessa outra guerra, e tentar nos entender, nós, seres humanos, nesse mundo de tantos conflitos, e em que medida os provocamos e em qual parte entramos nessa história. Ficam as imagens do passeio de ontem e a reflexão...
Julieta

sábado, 27 de outubro de 2007

Tropa de Elite, osso duro de roer.

Logo antes de viajar, estava montando nosso filme na UNA e o pessoal estava em polvorosa copiando a torto e a direita o DVD do filme Tropa de Elite. Não me interessei, porque queria ver o filme no cinema, nem me toquei que sairia do país em pouco tempo e não teria uma oportunidade de assistir no cinema tão cedo.

Chegando aqui, a repercussão do filme que foi enorme no Brasil, mesmo antes da estréia, devido justamente à pirataria, nos atingiu. Com cada pessoa que falávamos no Brasil, tinhamos um comentário sobre o filme, ou simplesmente mandavam que o vissemos.

Bernardo, acho que nunca mencionei ele, é um carioca que estuda Sport Management na minha faculdade. Ele disse no dia em que o conheci que estava com um DVD do Tropa de Elite aqui em Londres. Ele ficou de me emprestar. A vontade de assistir foi crescendo junto com o número de comentários sobre o longa. Mas um dia encontrei com Bernardo por acaso, pois só temos aulas juntos na terça-feira, e ele que ainda estava morando em hotel, me falou que não conseguiu de forma alguma encontrar o DVD.

Então larguei de bobagem e recorri ao meu amigo Paul Torrent (jeito besta de disser que baixa o filme na internet). Em um dia já estava com o filme completo no Laptop. E finalmente hoje, sábado, 27 de outubro, resolvemos assistir ao filme do José Padilha. E que filme.

Técnicamente é irreprensível e casa muito bem forma e conteúdo. A fotografia não é “bonita” como em Cidade de Deus, mas confere verossimilhança ao filme. O roteiro usa um off, que embora comumente questionado, é necessário para a complexidade desta película. As atuações são magistrais.

Mas o filme vai muito além. Primeiramente, deveria ser decretado que todo mundo que assistiu a Tropa de Elite deveria ver Ônibus 174, longa anterior do Padilha. Não por acaso, os dois personagens centrais tem o mesmo sobrenome. Cap. Nascimento foi batizado em cima de Sandro do Nascimento, o sequestrador do ônibus no Jardim Botânico, segundo afirmou o próprio diretor no Programa do Jô. Os dois Nascimentos são “monstros”, contudo, à exemplo da criatura de Frankstein, estes monstros tem um criador, a Sociedade.

Embora Nascimento seja o narrador do Tropa de Elite, e a figura forte e carismática de Wagner Moura nos leve a uma próximidade com o personagem, a grande história do longa é a de André Matias. E a criação deste novo “monstro” que acompanhamos nas quase duas horas de projeção (ou no DVD ou no computador). E a cena final é fenomenal. O que esperamos do último ato de Matias? O que devemos esperar? Que ele atire e tenha o “coração”(ou a falta dele) para substituir Nascimento? Ou que ele se recusse a cometer ato de tamanha arbitrariedade e brutalidade? Aposto que pouquíssimo torcemos pela segunda hipotése. E a tela branca deixa aberto a conclusão, não do tiro, que fatalmente foi dado no rosto do traficante, mas do personagem e a nossa mesma enquanto agentes dessa trama.

Tropa de Elite é um filme díficil, pode sim gerar “efeitos colaterais”, mas como disse Pablo Villaça; “É infinitamente mais recompensador assistir a um filme que estimula a discussão e a auto-análise do que um que, por covardia ou falta de ambição, limita-se a seguir a corrente do politicamente correto.

Leonardo OCunha

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O medo que oferece a coragem

Meu segundo dia de aula foi o dia de vencer o medo. Foi o dia em que o dia começou com aula de acrobacia. Com um professor que em um primeiro contato parecia muito sério, que chegou na sala, não disse oi nem nada, somente: comecem a correr! E a partir daí não paramos mais. Muitos exercícios de flexibilidade, força,e....cambalhotas. Várias vezes na minha vida tentei dar a tal camabalhota, mas algum dispositivo cerebral, emocional ou que quer que seja não permitia que minhas pernas fossem para o alto e se jogassem por cima da minha cabeça, e é um medo tão grande que, quando ele disse para faze-lo, meus olhos encheram de água. Chamei o tal professor que fala em um inglês rapidíssimo, como sua aula, e lhe confesei."eu não consigo fazer isso!" e ele respondeu "hummm, you can't!", e fez uma cara de quem diz, veremos!! E então descobri que ele era doce e simpático, e então me conduziu para a simples camabalhota que crianças de três anos fazem, mas que eu, com tanto juízo na cabeça, me sensuro e quase choro. E então, com o corpo quente de tanto exercício, fui uma só vez: zazzzz!!! Pernas passando por cima, meu corpo se embolando e rapidamente se desembolando e em poucos minutos dispensei a ajuda do professor e fui sozinha, me enrolando e desenrolando pelo colchão; Nada melhor que vencer a si próprio.
Julieta

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Rice & Bean

Ontem a Julieta teve seu primeiro dia de aula (ver post anterior) e fique encarregado do almoço. Aproveitei a ausência dela e comprei o feijão em lata que ela sempre rejeitou. Fiz então uma saladinha de alface e tomate, um franguinho no forno e Arroz e feijão. O arroz ficou bom, coloquei um pouco de água demais, e incrementei o feijão, refogando cebola e alho antes de acrescentar o feijão. Estes baked beans tem um molho de tomate e são brancos. Olha no fundo eu gostei. Mas Julieta não quis nem provar, ficou no arroz com salada e frango. À noite após a aula ainda fiz um mexidão com o que restou e mais um ovo frito. Ficou foi bom :-)

Leonardo OCunha

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A vida, a arte, a arte e a vida

Hoje eu fui ao Lispa, minha escola, pela primeira vez. Foi um dia de recepção em que fomos apresentados e nos apresentamos aos colegas e aos professores e funcionários da escola. Foi especialmente emocionante e é com muita comoção que redijo essas palavras.
O Lispa é um galpão largo, para se entrar tem que se tirar os sapatos ( igual a minha casa), lá tenho um armario com meu nome em que guardo minhas coisas.
Hoje nos sentamos em um semi circulo em frente aos professores, diretor e funcionários. Os alunos entraram primeiro e se sentaram, eu e Diego sentamos um ao lado do outro, e então os profissionais da escola entraram. Nesse momento o Diego sussurrou no meu ouvido "estou emocionado", e eu respondi "pois é, estamos aqui!". Há um ano fazíamos um workshop em Belo Horizonte, com o Thomas, diretor da escola, fazíamos isso apenas para melhorarmos como profissionais, sem grandes intenções, quando ao término deste Thomas nos chamou para uma conversa e nos deu a bolsa de estudos, que garantiu que, hoje, estivessemos ali.Aqui, em Londres, convivendo com tudo o que estamos convivendo, descobrindo tanta coisa e sendo tão felizes, mas tão felizes.
Thomas nos falou sobre a proposta da escola e tento aqui reproduzir:
"Não existem diferenças entre a arte e a vida, a arte nada mais é que uma transfiguração da vida, a arte nada mais é do que a própria vida. O que tentamos aqui na escola é inspirar vocês a descobrirem si próprios e, assim sendo, a sua arte e sua forma única de fazê-la. No primeiro termo, que vai até dezembro, vamos encourajar vocês a descobrirem a si próprios, a abrirem seu corpo para a vida, a entedê-la da sua maneira. Não vamos pegá-lo pela mão e dizer: é por ali que você vai, ou, isso é a vida, porque essa é uma descoberta individual e ninguém deve dizer a você como deve ser sua vida, porque ela é somente sua. Após isso, no final do termo, vocês terão um momento a sós com os professores, sendo apenas você no espaço para que você consiga descobrir coisas tão suas que em grupo não era capaz."
Isso é apenas o primeiro passo de um processo de um ano, e ele ainda completou : No final disso tudo, vocês decidem se querem ou não continuar essa viagem ( ele usou journey).
Teremos aula de máscaras, clown, acrobacia e muitos improvisos.
Na minha turma que é da tarde, tem 4 brasileiros, mas fiquei amiga de uma mexicana e uma polonesa, e conversamos ( eu e Diego) um bom tempo com um grego.
Quando fui me apresentar e dizer porque estou aqui, apenas disse: "Acredito na filosofia da escola, em abrir meu corpo para a vida, porque a vida foi quem me trouxe até aqui."
Cheguei em casa e o Leo tinha feito um almoço delicioso. Almoçamos juntos e ele seguiu para suas descobertas em sua escola.
Julieta

Wash & Dry

Ontem tivemos a primeira e bem sucedida experiência com nossa máquina de lavar roupas. Para garantir baixei o manual na internet. E após 2 horas lavando e mais duas secando, nossas roupas saíram cheirosas, quentinhas e secas! :-)


Leonardo OCunha

domingo, 21 de outubro de 2007

Month

Fez um mês que estamos aqui. E agora como fica a primeira semana?

sábado, 20 de outubro de 2007

Mutum no London Film Festival

Ontem assistimos a Mutum, o filme da Sandra Kogut, baseado em Guimarães Rosa. É um filme bem interessante que deve parecer bem exótico para o público inglês, mas para mim tem ambientes e personagens muito familiares. Tem um naturalismo que fez a curadora do festival colocar o filme no limiar do documentário. Não considero assim, ele tem sim uma sinceridade, que vem primordialmente da interpretação dos atores, que foram preparados pela Fátima Toledo. Thiago (o Miguilim do Rosa) é um personagem cativante. Vejo na relação de Thiago com seu irmão Felipe a única relação verdadeiramente amorosa do filme, mesmo assim ela não é 100% recíproca. A relação da mãe com os filhos é falha, e a do Thiago com o Tio Terez (nosso colega Rômulo, para nossa surpresa) é apenas um engôdo, uma substituição da figura paterna (não sei como isso fica no livro). Em suma, o filme fica, e foi ótimo assisti-lo em Londres, num contexto muito diverso.



Acima o trailer do festival, um deleite para cinéfilos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

St James Park

Até agora é meu parque favorito.

Leonardo OCunha

Aqui as manhãs, em sua maioria, são de céu azul, sol e muito claras!
Como a manhã de hoje...
Julieta

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Tour

Um dia de contrastes interessantes. De metrô atravessamos o rio (!) e chegamos ao sul, extremo contrário de onde moramos e estudamos. Descemos em Brixton, um bairro com muitos negros, salões afro e reggae em toda esquina. Lá tem um mercado interessante que se assemelha ao mercado central, muitas praças (que mais estão para parques), como em todo lugar aqui. De lá pegamos o ônibus e fomos para Piccadilly Circus, no caminho Big Ben, Houses of Parlament, ponte, London Eye e chegamos à uma infinidade de luzes e pessoas. O som não era mais reggae mas sim o do andar de uma multidão de pessoas indo e vindo (e seu inúmeros e incontáveis idiomas), com enorme painel eletrônico, edificações antigas belíssimas, um lugar claro, cheio de luzes. Mais para frente muitas lojas e pude entrar pela primeira vez numa super mega store de brinquedos de 5 andares! (risos). Incrível, nossa...coitadas das crianças, devem ficar alucinadas com aquilo!
Cartier, Hugo Boss e pessoas, muitas pessoas.
Hoje fez um frio maior que todos os dias, a previsão é de 4 graus para a noite, mas já estamos em casa. Quentinhos. E felizes.
Obs: O último vídeo é no Soho, um dia antes ( esse lugar é incrível!)

Livros etc

O passeio de ontem incluiu livrarias, e loja de Revista em Quadrinho (aqui tem uma Forbidden Planet, como NY). A seção de cinema aqui é de dar inveja, muita coisa, e muita coisa boa.Essa foto é em outra livraria de nome curioso...

Leonardo OCunha

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Hoje tive aula com o Hitchcock, o Michael, não o Alfred. :-)

Leonardo OCunha

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Adorno, Horkheimer

Hoje tive uma aula sobre a Escola de Frankfurt com uma professora alemã. :-)

Leonardo OCunha

Brazil, Brasil

As pessoas aqui tem medo do Brasil. E quando dizem que é violento, não tenho argumento.
Julieta

sábado, 13 de outubro de 2007



13 de outubro

Fotos no Arsenal

Updated: Mais fotos do Museu do Arsenal e do estádio Emirates, observem a infra-estrutura. O público fica pertinho, o banco de reservas não tem cobertura. Não se vai de carro para o estádio, só transporte público. Na tribuna de honra os bancos são de coro, e tem um restaurante.


Arsenal

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Paulo Autran

Hoje a noite comemos pizza. Exatamente às 20h comíamos uma saborosa pizza margherita com coca- cola. Após isso, olhei algumas coisas na internet, lenvantei-me e fui ao banheiro escovar meus dentes. Mal coloquei a pasta na escova o Leo soltou um grito: Amor, Paulo Autran morreu!
Segurei a escova por uns instantes, seguindo um estado natural de quem recebe uma notícia de morte, de fim ( ou não...) mas fiquei ali por um tempo. Eram 20h30 quando o Leo soube e imediatamente contou-me. Paulo Autran morrera às 16h em São Paulo, 20h aqui em Londres. Exatamente entre uma ou outra garfada de pizza, esse gênio dos palcos deu seu último suspiro, algo supostamente tão distante mas tão imediato e tão imediatamente sentido por nós. Por mim, que não mais pude escovar os dentes de forma rotineira. Soubemos 30 minutos depois, porém, às oito da noite em Londres. A tecnologia nos pode trazer a notícia instantanea quase imediata.
Mas estamos com 4 horas "a mais", e um pensamento me tomou, em que medida se marca o tempo e a hora da partida.
Mas eu estava a jantar, quando ele fechou os olhos. Fechou os olhos, silenciou a voz.
Apenas um breve silêncio, pois uma voz como aquela, com pausas tão perfeitas e tão envolvente não se cala jamais. Ecoa, ecoa, ecoa...
Descanse em paz Paulo Autran.
Fiquei feliz por pensar no Teatro que posso fazer amanhã.
Julieta.
P.S.: No blog do Leo tem seu relato sobre a perda do Paulo Autran.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Tempo

O clima aqui é realmente muito louco. Chove muito, mas sem intensidade, e intermitentemente. E é bem imprevisível, quer dizer, pode-se sempre dizer que a possibilidade de chuva existe, mesmo saindo de casa com céu azul.
O frio nem começou, temos aqui duas semanas de outono. O que pega para mim é o vento. Descobri que o cachecol é um ótimo artifício para mitigar os efeitos da ventania. Gosto do frio, mas não gosto de sentir frio, quer dizer, preciso de encapotar. Então, saio com uma blusa de malha, um moleton, outra de lã e um casaco, além do cachecol e comumente duas meias. Mas o que vejo na rua são ingleses com blusinha de manga, o que me faz temer o frio de verdade, do inverno.
Já comprei meu casacão de frio, espero que ele segure a onda, juntamente com os demais artifícios. O fato é que em qualquer lugar que se entre há aquecimento, e fica por vezes até quente demais.
O povo daqui é preocupado com o tempo, sempre perguntam, ao saber que sou brasileiro, se estou gostando da Inglaterra, do clima, e perguntam como é no Brasil, etc. Ainda não vi a famosa fog londrina, nem nenhum frio maior do que já peguei, na Espanha, em Curitiba ou em Gramado. No fundo mesmo, estou gostando do clima londrino...
Leonardo OCunha

Butterfly

Ontem choveu. E choveu bastante. O Leo passou o dia em um workshop e quando nos encontramos em casa, a noite, ele tirou da mochila um lindo guarda-chuva de borboletas coloridas e deu-me de presente.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Workshops

Ontem e hoje em vez de ter as aulas regulares tive um workshop de dois dias manhã e tarde. O primeiro dia foi bem legal, quando dividos em dois grupos visitamos diferentes lugares para em seguida fazer a apresentação para o outro grupo. Eu fui até um lugar que se chama Safe Studios, na verdade é uma empresa que gerencia estúdios para que artistas (plásticos, mormente) possam trabalhar. São trinta estúdios, e presumo 30 artistas, que pagam o que imagino ser uma pequena taxa, e ainda se comprometem a participar de atividades como oficinas, exibições etc.
Na semana passada houve uma exibição chamada Freedom com os artista de lá. E foi organizada por uma ex-aluna da London Metropolitan University. Kasia uma polonesa, que está grávida, e que conversou com a gente sobre sua experiência. Conversamos também com a diretora do Safe Studios, Ellie, uma lady, octagenária, doce e carismática, embora tenha parecido rabugenta no primeiro contato. Os estúdios estão distribuídos em dois prédios, um costumava ser uma Sinagoga, e o outro, atravessando a rua, foi uma fábrica. Ainda visitamos alguns estúdios e conversamos com um artista, todo poser com suas roupas coloridas, and all.
O outro grupo visitou uma parte de Londres conhecida como BanglaTown, onde se concentram os migrantes de Bangladesh. À tarde visitamos a Women's Library, uma biblioteca, arquivo e museu, liga à London Met, onde homens são bem-vindos, e há uma coleção voltada para o universo femino.
No segundo dia o assunto principal foi Funding Raising (captação de recursos). Tivemos explanações da Maggie, coordenadora do curso, e da Fiona, gerente da Women's Library. Nestes dias tivemos sempre chá, café, biscoitos, almoço e hoje para encerrar jantar!
Aproveitei ainda que o evento foi no City Campus (o meu é o North Campus) e foi até a Biblioteca local para pegar DVD. Peguei, A primeira temporada de Twin Peaks, A Dama de Shangai, Double Indenmity, Morros dos ventos uivantes, The African Queen, The third Man, Vinhas da Ira e Match Point!
Leonardo OCunha

domingo, 7 de outubro de 2007

Museus

Ontem passeamos nos museus de História Natural, e Science Museum. São bem interessantes, as crianças adoram. O Vítor ia adorar os dinossauros.


Carros

Flat

Atendendo a pedidos, fotos da nossa casinha e região.

sábado, 6 de outubro de 2007

Boat trip to Greenwich

Sábado passado, dentro da programação de recepção dos calouros internacionais, fizemos um passeio de barco até Greenwich, que é uma região de Londres, por onde passa o meridiano.

O lugar é todo charmoso, tem clima de cidade pequena, um mercado cheio de iguarias, várias feirinhas de coisas usadas, antiquidades, etc. Até um LP da Elis Regina encontramos.

Foi um passeio ótimo, a Julieta foi junto, nem cobraram que ela fosse da Universidade. Terminamos num Pub bem inglês, comendo Beer & Burger.

As fotos também contam muitas histórias. Enjoy:




Estou testando o Flickr
O post veio com atraso porque só agora temos internet em casa.

Leonardo OCunha

Dia de turista



Dia de Turista

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sunny Day

Ontem foi um dia de sol e céu azul. Como hoje, que às 9h da manhã, escrevo sob a vista de um dia lindo!
Mas como o dia de hoje está apenas começando, falemos do dia de ontem.
Tem dias que são especiais, parece que uma energia específica paira no ar. O céu azul de ontem foi muito especial. Fomos andando até a estação de metrô mais próxima à nossa casa, e deu apenas 10 minutos de caminhada, descobrimos algumas ruas da nossa vizinhança que são lindas e extremamente agradáveis.
Descemos em Westminster, com toda sua modernidade ( aqui cada estação é de um jeito e todas são muito interessantes). Subimos suas escadas e imediatamente ao sair nos deparamos com o Big Ben e senti algo inexplicável. Eu já havia visto milhões de fotografias e cartões postais e não acreditava que ficaria muito surpresa ao ver o "super" relógio. Pois acontece que fiquei estasiada, chocada, senti algo que ainda agora é vivo em mim. Ele é enorme e o prédio do Parlamento é simplesmente maravilhoso.
Ainda nessa sensação inexplicável seguimos pela ponte sobre o rio Tâmisa, ouvimos uma gaita de fole ser tocada sob um ar, sob um cheiro, que para sempre estará na memória.
Londres é uma cidade especial. Ontem vimos muitos artistas de rua, e obras de arte consagradas no Tate Britain,onde compramos um lindo poster do Mark Gertler para nossa casinha, caminhamos à margem do Tâmisa e sentamos em um banquinho, debaixo de uma árvore, para descansar. O sol era quente, o vento fresco. Vimos a tão falada London Eye, compramos amendoim torrado e encontramos algumas obras do Dali pelo caminho.
O Diego, meu colega de escola ( T.U. e Lispa) chegou, e ao nos encontrarmos ele me disse, "fico pensando porque que pessoas do mundo inteiro vêm viver nesse lugar, alguma coisa especial têm aqui...", algumas respostas já tenho pra mim, e acredito que o Leo também.
Estamos completamente apaixonados por Londres. Só pensei nos meus grandes amores, que estão aí do outro lado do oceano, e o quanto gostaria de dividir isso com eles, toda essa sensação que foi tão transformadora, e têm sido nesses 15 dias aqui. Mas palavras só descrevem. Londres é simplesmente apaixonante, inebriante, tem que vir e sentir.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Aulas

Tive meus dois primeiros dias de aula. Na sala tem muito mais alunos, tem gente que já começou há mais tempo, gente que faz o curso part-time. E, lógico, diversas nacionalidades estão presentes; uma menina do Irã, dois Sicilianos, um cara de Botsuana, uma russa casada com brasileiro, que estava morando no Brasil e fala um ótimo português, e por aí vai.

A primeira aula foi de Arts Management, e o professor, Roger, é um prático, como se auto proclamou, que não tem formação acadêmica, acho que no Brasil isso não acontece. O cara começou como porteiro de teatro e acabou um dos profissionais mais respeitados na área de gestão cultural. Quando disse que era do Brasil, a única coisa que ele comentou foi: Então vocês são os responsáveis por aquelas novelas horriveis(não sei se foi bem este o termo). Mas na verdade ele estava misturando tudo, as venezuelanas, mexicanas,(comentou das maquiagens carregadas, que com ele viu foi nas outras, não nas brasileiras.) então, tive de falar que as brasileiras são melhores, embora sejam mesmo produtos massacrantes. A aula foi um apanhado de coisas que já vi no curso de Administração.

A primeira aula de terça-feira é misturado com diversos cursos. E conheci um carioca que faz Sports Management, Bernardo, que está aqui com a esposa. O cara quebrou o tornozelo jogando futebol às vésperas de vir para Londres. A matéria e Métodos de pesquisa, e o professor é um velhinho estrábico, ajudado por uma oriental que parece homem. A segunda aula do dia é com a Maggie, a coordenadora do curso, que já tínhamos conhecido semana passada. Ela é bem empolgada e competente. E já encheu a gente de material para ler. Aqui, eles já te dão o xerox encardenado de todas as leituras do semestre, sem termos que pagar por fora, e sem problemas com copyright.

Leonardo OCunha

Solitaire




Por incrível que parece a Julieta não sabia jogar paciência. Aprendeu agora com o laptop, e não é que a ela viciou no trem, fica jogando sem parar!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Dupla

No sabado fizemos um passeio ate Greenwich, la nos deparamos com uma dupla de rua fantastica.
Check it out.



Logo mais, as fotos e comentarios do passeio.

Taxi

Este é um vídeo feito dentro do taxi, saindo do hotel e indo pro nosso flat. Isto foi segunda à noite, já faz uma semana que nos mudamos.

domingo, 30 de setembro de 2007

Um momento de suspensão

Sempre disse que nada mais poderoso do que a música.
Por alguns segundos foi possivel sentir-se levitando pelo som, sentindo-o nas costas, no dorso, nos joelhos e em todo canto.
Um canto de Greenwich, cercado de muros antigos e ecoando melodias não programadas entre si, vindas de diferentes instrumentos em inúmeros pontos desse lugar.
Talvez o som tenha vindo das janelas, ou atravessado as paredes. Mas o que sabemos é que formou-se uma linda orquestra descombinada que elevou-nos à um “tom a mais” nessa deliciosa tarde de sábado.
Há música em todo canto e é maravilhoso quando a que existe dentro de nós orquestra com outros sons, por quatro cantos.
Por alguns instantes. O momento do extase dura somente alguns instantes...depois vira apreciação e degustação, saudade e sabor.

Julieta.

sábado, 29 de setembro de 2007

Vizinhança

Antecipando imagens do nosso lar, deixamos aqui um registro da nossa rua...
nossa rua!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Week


Faz uma semana que estamos aqui, e nosso tempo no Hotel ja esta com uma cara de mes passado.

Leonardo OCunha

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Casa

Nossa casa eh um flat, mas na verdade poderiamos chamar de quarto. Tem poucos metros quadrados, e tudo eh encaixadinho para caber. Tem fogao, microondas, maquina de lavar roupa, e um banheiro pequenino mas que eh usado so por nos..rs..
Foi um achado, porque sai a mais ou menos 60 pounds por semana pra cada um de nos e nao cabe mais ninguem. Em geral paga-se 80, 90 e tem que dar um jeito de caber mais um, ou entao paga-se um pre;o bom pra morar com muita gente, dividindo cozinha e banheiro.
Achamos seu anuncio num site, e telefonamos no mesmo dia, e fomos ver na mesma hora. Nesse dia vimos dois, um antes da nossa casinha que era do mesmo tamanho ou ate menor so que 100 pounds a mais por mes e a nossa casinha que fica a dois quarteiroes da primeira. Quem nos levou na primeira op;ao foi uma figura do Iran e com quem fechamos negocio eh um jovem ingles com pais Afegaos...ele tem todo o tipo, o nariz achatado a pele amarronzada e eh um doce de pessoa.
Compramos um edredon colorido que vem com dois travesseiros extras e duas fronhas combinantes, e, assim sendo, deixamos a cama bonita e muito aconchegante. Perfeita pra essa cidade que ja esta ficando gelada, porque quando nos deitamos la ficamos quentinhos que so vendo...
Fizemos super faxina e tiramos quilos de poeira, agora toda ela eh cheirosa e, gr;as a Deus o banheiro esta limpissimo!!!
Ate que enfim consegui comer coisas substanciosas...no microondas fazemos comidinhas que compramos a 1 pound e eh uma delicia! A salva;ao da minha vida!
Nossa vizinhan;a eh tranquila, eh uma rua so de casas iguais no estilo vitoriano muito charmosas! A rua eh silenciosa e ha dois quarteiroes de uma agitada Avenida onde se encontra de tudo um pouco.
Moramos no primeiro andar, a frente de um ingles e uma romena e abaixo de um italiano. No Flat tem aquecedor e uma pequena janela.
 
Julieta

Flickr agora em português. Você clica, todo mundo vê. Saiba mais.