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sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Janela

Hoje em nossa aula de Alexander ( uma técnica) fomos ao parque. Coincidência ou não existe um parque bem próximo a escola, desses que tem aos montes por aqui, com uma grande area descampada e verde, amplo, enorme, ao redor várias ávores com folhas coloridas em tons pastéis, dessas que caem ao chão em filmes europeus. Embaixo das árvores bancos de madeira, e muita, muita vastidão.

No início fizemos jogos com bolas, arressando enquanto corre, enquanto pula em um pé só, enquanto fecha um olho. Depois ele nos pediu que tentássemos encontrar modos de nos tornar vísiveis e invísiveis, em sermos vistos e não sermos vistos. E concluímos que o corpo se fecha quando não queremos ser vistos e se abre quando queremos, discutimos qual o modo que nos colocamos em nosso cotidiano e o professor colocou a questão: poderia ser se abrir para a vida, ou se fechar para ela, maybe...it's possible!

Depois disso veio o inesquecível momento das janelas. Nos pediu que focalizassemos um ponto naquela imensidão verde e colocassemos nossas mãos ao lado dos olhos como uma janela. Com o foco sempre no mesmo ponto abrimos lentamente as mãos, e abrimos e abrimos, até os braços se abrirem por completo e mesmo com olho focado no mesmo ponto a imensidão do parque invadiu o corpo, o vento foi melhor sentido, os barulhos ao redor melhor escutados. Após isso corriamos e localizavamos outro ponto no espaço e fazíamos a mesma coisa, e mais, e mais. Foi então que ele nos pediu que lembrássemos um momento frustrante, resgatássemos toda a sensação, e que isso fosse sentido e o corpo respondesse. A partir daí fechamos a janela, dessa vez ainda mais fechada que a primeira e a abrimos, a abrimos e corremos pelo parque até encontrarmos outro ponto.

O que acontece é que a sensação da frustração se esvai. E ele, tranquilamente nos disse: Isso é uma pequena mostra do que nosso corpo e mente pode fazer, se nos abrimos e nos conectamos com a imensidão do mundo o nosso corpo não consegue se curvar para nossas frustrações. Se percebemos a imensidão de tudo e nos abrimos para ela, as coisas mudam.

Então,nos perguntou: Que abertura de janela você está usando hoje?

Deixo a pergunta no ar, mas até minha dor de garganta e meu cansaço despareceram.

Julieta

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito interessnte esta história da janela...
E que parque de cenário de filme, hein, Jú?
Delícia...
Como tá o clima aí?
Aqui no Rio tá um calor que vc nem imagina...aff..
Beijinhos!!
Linda!!
Prima borboleta!!

Anônimo disse...

Julieta,
me deu uma vontade grande de participar desta aula, principalmente aí em Londres e em sua companhia.
Aproveite bastante cada minuto
e guarde bem estas lições que com certeza,serão de grande valia pra sua vida.
Bjo
Rosâni

Anônimo disse...

Hoje a minha janela está aberta.
Completamente, até o fim da vista.
Amanhã, já não sei...
Hoje o vento entra com a força da vida e me carrega para lugares que quase sempre não ouso ir...
Rodo e caio em queda livre, sem resistir. Mas não alcanço o chão por que o vento volta e me faz subir ainda mais alto para outra vez me abandonar ao sabor do nada.