sábado, 29 de dezembro de 2007
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Off-Topic
No ano em que morreram Antonioni e Bergman. E em que os cinemas foram tomados por continuações, terceiras partes de qualidade duvidosa, assisti a bastantes filmes. No Brasil estava vendo uma média de 3 por semana, aqui em Londres peguei alguns na Faculdade e baixei na internet outros vários, inclusive o número 2 (zero dois?) da lista. E no cinema o único a que assisti aqui foi o excelente Mutum, que por pouco não entrou na lista.
A Julieta lembrou o Mea Culpa; bom, vi mais filmes nacionais este ano, fora os mencionados ainda ficaram fora da lista os bons Cão sem Dono, Saneamento Básico, Cidade dos Homens e O Primo Basílio. Ainda vi os ótimos A Máquina, Cinema, Aspirinas e Urubus, mas continuo em débito com os clássicos do cinema brasileiro.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Semana final
Na quinta trabalhei no Cloakroom,(também conhecido como guarda volume ou chapelaria), de uma festa de fim de ano de uma empresa qualquer. Foi bem legal, só que acaba tarde, 1h da manhã. Ganha-se algumas gorjetas também. Sexta fui pela primeira vez na O2 Arena. O negócio lá é fino. Tinha um senegalês trabalhando com a gente foi bom pra treinar meu francês.
O fim de semana foi por conta das apresentações do grupo da Julieta. Elas aconteceram na Frost Fair. Sábado, saímos correndo de lá para trabalhar no teatro. Ainda conheci a Marie amiguinha francesa da Julieta, e o Bernardo(foto) da minha faculdade foi lá prestigiar com sua esposa.
Esse vídeo fiz no sábado, o prédio grande é a Tate Modern, uma galeria de arte.
No domingo foi mais cedo, fizeram duas apresentações desta vez de frente ao Shakespeare Globe Theatre. Ali compramos nosso presente de Natal. Vale registrar um protesto anti-shakespeare (foto). Tem doido pra tudo.
O vídeo de domingo ficou melhor, mais claro:
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Na garganta do Dragão
Julieta
Kings of Leon, Cillian Murphy e o Frio
Fora isso hoje foi o dia mais frio aqui. Digo isso, porque, como não há termômetros nas ruas, sabemos a temperatura pela internet. E como cada site dá um valor diferente às vezes ficamos sem saber. Mas fato é que o Yahoo! chegou a marcar -5˚. Mas como não ventava, estava bem tranqüilo. O vento é que complica. Mas soube que estava mais frio porque só de respirar normalmente pelo nariz saía muito vapor, os carros estavam brancos, dá aquela aguinha e ela congela, e o chão escorregadio, parece que está ensebado mas é gelo.
Leonardo OCunha
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Programme
O pessoal da MjrTom estava em polvorosa para trabalhar hoje na O2 Arena. Tudo porque o show é de ninguém menos que Led Zeppelin. Bom eu tenho aula hoje, e não sou tão fã, fiquei fora desta. Quarta-feira tem Kings of Leon, em Wembley e sexta Madness na O2.
Leonardo OCunha
sábado, 8 de dezembro de 2007
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Brasileiros
Acabo de chegar da Embaixada do Brasil em Londres, onde houve uma recepção aos estudantes brasileiros de pós-graduação. Mais um monte de brasileiro. Quase não fui lá, pois o Bernardo, o carioca da faculdade, não iria porque sua esposa está doente, ela tem lupus e estava no hospital. Mas acabei indo. Encontrei lá a Iará, uma pernambucana que também estuda com a gente, Paula uma paulista de traços orientais que já tinha visto pela Universidade, mas que estuda uma coisa estranha, tipo polímeros (?). A Sasha, Alexandra na verdade, que é a russa casada com um brasileiro. Mas a grande surpresa seria encontrar o Thiago Neuschwander Galery, o cara estudou comigo no Colégio Santo Antônio, depois fez filosofia na UFMG, fez mestrado e agora está aqui fazendo um doutorado em filosofia e linguística. É a velha máxima o mundo é pequeno... E como diz a Julieta eu sempre encontro alguém do CSA em todo lugar que vou, aqui não foi diferente.
Além disso comi pão de queijo com guaraná, mas coxinha e empadinha não sobrou pra mim. :-(
Valeu o encontro e ainda peguei um encarte do Inhotim que vou mostrar pro pessoal do meu curso.
Leonardo OCunha
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Turma Toda
Aniversário
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Rugby
domingo, 2 de dezembro de 2007
Party!
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Transporte
O metrô aqui é uma coisa boa, mas nem sempre é a solução de todos os seus problemas. As estações são fáceis de seguir, as linhas cobrem boa aérea de cidade. Há ainda os trens urbanos pela superfície. Os ônibus são os famosos vermelhinhos de dois andares, têm as variações, os de um só andar mesmo, e o articulado. O bom é que dificilmente o ônibus fica lotado, em cima não se pode ficar de pé e embaixo tem bastante espaço. Nos pontos tem um marcador dizendo o número o destino e quantos minutos faltam para os próximos ônibus. Se o motorista já tiver arrancado ele nao para se voce chega atrasando correndo, e abrir a porta fora do ponto nem pensar. Todo o sistema é integrado e usamos um cartão, que chamam de Oyster (ostra). Estudantes têm um especial que dá desconto quando se compra os passes para andar livremente por um período. O meu são 62 pounds para usar metro e ônibus por um mês. Da Julieta é 35 para usar somente ônibus. Fora isso pode-se colocar créditos para ir abatendo quando se usa algo que não é coberto pelo passe. A tarifa de uma viagem de metro varia de 1.5 até uns 4 pounds nas areas mais afastadas. No ônibus se paga 0.90 com cartão e 2£ se pagar em dinheiro, o que quase ninguém faz e algumas linhas nem aceitam, nao tem cobrador nem roleta, e so passar pelo motorista e encostar o cartão num validador.
Não tem tantos carros na rua, mas para circular na area central se cobra uma taxa de congestionamento. Os táxis são outra atração, são carros modernos com aspecto dos clássicos tipo anos 50. Aqui ninguem fecha cruzamento, eles respeitam aquelas faixas amarelas. Os estacionamentos sao controlados, há os parkmeters, aparelhos que você joga moeda pra poder estacionar de frente, e as vagas nas ruas residenciais são só para os moradores.Os motoristas nao são tao cuidadosos com os pedestres como em outros lugares que conheci, mas quando ha um faixa de pedestre, que eles chamam de zebra crossing todos os carros param se tiver alguem pra atravessar. É assim, ou tem sinal luminoso, ou tem a faixa. As faixas são mais raras, tem nos pontos turísticos, ou numa rua sem cruzamentos, Abbey Road por exemplo tem um monte, a famosa da capa do disco dos Beatles ainda não fui capaz de distinguir qual é.
O negócio é que com transporte se gasta muito em Londres, só perde para moradia e alimentação, e passa-se muitas horas em trânsito, bom que no metrô dá pra ler. Ah e o site Transport for London é fundamental para se guiar aqui, uma mão na roda. Segue umas fotos afins;
transportes
Leonardo OCunha
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Working...
Não posso deixar de mencionar que um trabalho assim era tudo o que queríamos quando viemos pra cá.
Meu trabalho de domingo foi vender cerveja na mochila num jogo de futebol, Fulham vs Blackburn. Mas dessa vez nao foi chope, mas cerveja de garrafa, de plástico. A equipe da MajorTom, a agência que faz este servi;o eh cheia de brasileiros. Os managers são todos do Brasil parece, e mais da metade do pessoal que estava vendo neste evento. O estádio é bem legal, antigo, mas com inovações tipo TVs de plasma (99% da tvs aqui são de plasma) na área externa pro pessoal ver outros jogos antes de começar a partida e com transmissão ao vivo durante o jogo. É proibido beber do lado externo do Estádio, e também não se pode beber nas arquibancadas. Só é permitido do portão pra dentro, mas sem entrar nas arquibancadas. Também não se vende cerveja durante a partida, nem ao final. Então vendemos duas horas antes de começar o jogo e depois durante o intervalo. Vendi tudo, no intervalo a saída é maior, em menos tempo. Toda a Staff que trabalha no jogo tem uma base numa escola pertinho do estádio, onde deixamos nossos pertences e recebemos nosso lanche e uniforme (camisa polo, moleton do clube, e devemos ir obrigatoriamente de calça social e sapato pretos.)
O jogo ficou 2x2.
É isso aí!
Leonardo OCunha
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Assignments
Leonardo
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Acrobacia
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quarta-feira, 21 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
Corpo.
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sexta-feira, 16 de novembro de 2007
A palavra. A Saudade.
Poderia escolher qualquer uma, para sentir todos os movimentos da boca, da língua, da respiração.
E eu escolhi saudade. Saudade. Primeiro porque é uma palavra que só existe em português, segundo porque é um termo ambíguo, um misto de dor e angústia mas que é provocado pelo amor.
Quando a professora disse para escolhermos duas palavras, uma boa e uma ruim, eu escolhi Saudade e Miséria. A segunda, diferentemente da primeira, para mim, tem um lado só. Um lado ruim, áspero, triste, quase que sem saída.
Ela acariciou meu ombro e começou a sussurrar a palavra dela, na língua dela. Tão doce e envolvente ela mexia meu corpo e sussurrava ao meu ouvido: Suna...e o som do "s" era parecido com um "x"...e ela dizia aquilo com uma energia e alegria tão grandes, que aos poucos nossa respiração entrou em sincronia e seguimos em um só som, como se fôssemos uma só voz: SSSSuuuuunnnnaaaaaa. E foi lindo! Eu não sabia o que significava, mas isso não interessava, porque o som se tornou mais importante que a tradução, e nosso embalo e nossa respiração fizeram com que, por segundos, nos tornássemos uma só.
Depois chegou minha vez de ensinar-lhe o som de uma palavra em português e, claro, não dividiria com a Daniela a Miséria, dividiria a Saudade. E sussurrei ao seu ouvido: Sau-da-de; Sau-da-de...e uma melodia surgiu,no começo ela repetia apenas as vogais, aos poucos o som da Saudade ganhou forma em sua boca e em nosso corpo. E juntas cantamos a Saudade. A cantamos abraçadas, em português, respirando juntas: Saudade...
Hoje senti uma Saudade sentida da minha cachorrinha que partiu. Não precisei cantá-la, talvez não tenha chegado ao Sol...Saudade é difícil de curar...mas seu som, ontem, me levou junto com Daniela à mais forte luz do dia.
Saudade é para ser curada?
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segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Tamanho
Thomas Prattki, diretor do Lispa, durante a aula em 12 de novembro
domingo, 11 de novembro de 2007
6 de Novembro, 6 meses
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Jobs
Outro esquema que surgiu foi um treinamento para trabalhar ocasionalmente em eventos, primordialmente servindo bebida às pessoas usando uma mochila de chopp. Para isso vou ter um treinamento semana que vem, onde saberei mais detalhes do trabalho.
E hoje tive um entrevista para trabalhar numa academia de ginástica, o trabalho é meio faz tudo, mas tem uma vantagem que é uma desvantagem e vice-versa, ele também é ocasional; o gerente liga na semana anterior para dizer se tenho trabalho na semana seguinte. O que me deixa mais flexível caso aperte na faculdade, mas não garante um salário fixo.
O bom é que tem muitas opções aqui, e uma hora fecho em algo que seja interessante.
Leonardo OCunha
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Semana de Aula
Na terça-feira foi aula com a Maggie de novo, além da aula com todo mundo junto. Na quarta pela manhã não fui à aula, depois conto porquê...
Leonardo OCunha
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
O Brasil está aqui
Às 14h Julieta teve um encontro com colegas de sala numa casa onde moram alguns alunos da LISPA. É relativamente perto daqui, fomos de ônibus, fica fácil achar as coisas pelo Goolge Maps e pelo site do Transport for London. Mas fui acompanhando a Julieta para passear a garantir que ela chegasse direitinho, afinal mulheres não são tão boas com mapas. No ônibus entrou um rapaz e uma moça, brasileiros e crentes, com Bíblia de baixo do braço e cabelo passando da cintura. Depois para um mulher na nossa frente e Julieta comenta que ela tem cara de brasileira, dito e feito, eram ela e amiga. Senta no fundo uma família, com criancinha, brasileiros. Toca um celular, atende um camarada de cabelo aneladinho; alô! Brasileiro.
Descemos um ponto depois do nosso, e demos de cara com um Ilha Brasil, um bar e restaurante brasileiro. Letícia a prima da Julieta com quem ainda não nos encontramos, combinou de almoçarmos sábado que vem num restaurante brasileiro, em que ela diz ter um ótima feijoada.
O negócio é que tem muito brasileiro aqui, há revistas e jornais só para brasileiros. Sempre fiquei curioso em saber o número de pessoas que vieram do Brasil para cá. Essa semana saiu uma matéria sobre Londres no suplemento de Turismo do jornal Hoje em Dia, onde mencionaram este número. Minha mãe ficou de olhar pra mim,,
Well, do jeito que estamos cozinhando aqui, propus à Julieta abrirmos um restaurante de comida brasileira em Londres, em que ela seria a chef, hehehe. Seguem as fotos dos almoços.
Leonardo OCunha
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Janela
Hoje em nossa aula de Alexander ( uma técnica) fomos ao parque. Coincidência ou não existe um parque bem próximo a escola, desses que tem aos montes por aqui, com uma grande area descampada e verde, amplo, enorme, ao redor várias ávores com folhas coloridas em tons pastéis, dessas que caem ao chão em filmes europeus. Embaixo das árvores bancos de madeira, e muita, muita vastidão.
No início fizemos jogos com bolas, arressando enquanto corre, enquanto pula em um pé só, enquanto fecha um olho. Depois ele nos pediu que tentássemos encontrar modos de nos tornar vísiveis e invísiveis, em sermos vistos e não sermos vistos. E concluímos que o corpo se fecha quando não queremos ser vistos e se abre quando queremos, discutimos qual o modo que nos colocamos em nosso cotidiano e o professor colocou a questão: poderia ser se abrir para a vida, ou se fechar para ela, maybe...it's possible!
Depois disso veio o inesquecível momento das janelas. Nos pediu que focalizassemos um ponto naquela imensidão verde e colocassemos nossas mãos ao lado dos olhos como uma janela. Com o foco sempre no mesmo ponto abrimos lentamente as mãos, e abrimos e abrimos, até os braços se abrirem por completo e mesmo com olho focado no mesmo ponto a imensidão do parque invadiu o corpo, o vento foi melhor sentido, os barulhos ao redor melhor escutados. Após isso corriamos e localizavamos outro ponto no espaço e fazíamos a mesma coisa, e mais, e mais. Foi então que ele nos pediu que lembrássemos um momento frustrante, resgatássemos toda a sensação, e que isso fosse sentido e o corpo respondesse. A partir daí fechamos a janela, dessa vez ainda mais fechada que a primeira e a abrimos, a abrimos e corremos pelo parque até encontrarmos outro ponto.
O que acontece é que a sensação da frustração se esvai. E ele, tranquilamente nos disse: Isso é uma pequena mostra do que nosso corpo e mente pode fazer, se nos abrimos e nos conectamos com a imensidão do mundo o nosso corpo não consegue se curvar para nossas frustrações. Se percebemos a imensidão de tudo e nos abrimos para ela, as coisas mudam.
Então,nos perguntou: Que abertura de janela você está usando hoje?
Deixo a pergunta no ar, mas até minha dor de garganta e meu cansaço despareceram.
Julieta
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Marcas etc
Leonardo OCunha
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Wednesday Morning
O Bernardo veio hoje empolgado com o DVD do Tropa de Elite. Fiquei sem jeito de falar que já tinha baixado e visto o filme, peguei o DVD. Bom que posso emprestar pros colegas da Julieta.
Cheguei em casa e comi lasagna, dessas congeladas. Ela não pareceu tão boa quanto da primeira vez. Afinal foi a primeira coisa "feita em casa" que comemos aqui, agora com nossos almoços classe A, a cotação da lasagna caiu bem.
Leonardo OCunha
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Home
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domingo, 28 de outubro de 2007
Mea Culpa
Por aqui já passaram guerras mundiais e é interessante passear pela cidade com a descrição do professor, que nos apontou os marcos de celebração dessas guerras, e refletir que espécie de celebrações são essas, se pela morte, se pela nostalgia, pela honra, pelo o quê. O interessante foi que ao chegar em casa, eu e Leo assistimos ao filme nacional Tropa de Elite, e gostei muito, principalmente da forma como ele coloca a classe média e alta no filme. Os estudantes que discutem Foucault fumando um baseado, que tem uma Ong no morro e vendem maconha na escola. Me fez lembrar minhas leituras de Paulo Freire e o que entendi delas, de que de nada serve movimentos solidários e discursos filosóficos se não se age no cerne da questão, se não se realiza uma transformação efetiva, se não se parte efetivamente para o campo da ação. Cenas como a discussão senso comum a respeito da policia, a hora da passeata e o momento fortíssimo em que o Nascimento esfrega a cabeça do estudante ( e traficante) na barriga de um homem morto, dizendo: "quem matou ele foi você!"( por mais radical que possa parecer) me fascinam. Já com o documentário "ônibus 174" esse diretor havia me provocado, e agora ainda mais.
Aqui vê-se muitas declarações a respeito da guerra no Iraque, e é muito louco pensar nessa outra guerra, e tentar nos entender, nós, seres humanos, nesse mundo de tantos conflitos, e em que medida os provocamos e em qual parte entramos nessa história. Ficam as imagens do passeio de ontem e a reflexão...
Julieta
sábado, 27 de outubro de 2007
Tropa de Elite, osso duro de roer.
Logo antes de viajar, estava montando nosso filme na UNA e o pessoal estava em polvorosa copiando a torto e a direita o DVD do filme Tropa de Elite. Não me interessei, porque queria ver o filme no cinema, nem me toquei que sairia do país em pouco tempo e não teria uma oportunidade de assistir no cinema tão cedo.
Chegando aqui, a repercussão do filme que foi enorme no Brasil, mesmo antes da estréia, devido justamente à pirataria, nos atingiu. Com cada pessoa que falávamos no Brasil, tinhamos um comentário sobre o filme, ou simplesmente mandavam que o vissemos.
Bernardo, acho que nunca mencionei ele, é um carioca que estuda Sport Management na minha faculdade. Ele disse no dia em que o conheci que estava com um DVD do Tropa de Elite aqui em Londres. Ele ficou de me emprestar. A vontade de assistir foi crescendo junto com o número de comentários sobre o longa. Mas um dia encontrei com Bernardo por acaso, pois só temos aulas juntos na terça-feira, e ele que ainda estava morando em hotel, me falou que não conseguiu de forma alguma encontrar o DVD.
Então larguei de bobagem e recorri ao meu amigo Paul Torrent (jeito besta de disser que baixa o filme na internet). Em um dia já estava com o filme completo no Laptop. E finalmente hoje, sábado, 27 de outubro, resolvemos assistir ao filme do José Padilha. E que filme.
Técnicamente é irreprensível e casa muito bem forma e conteúdo. A fotografia não é “bonita” como em Cidade de Deus, mas confere verossimilhança ao filme. O roteiro usa um off, que embora comumente questionado, é necessário para a complexidade desta película. As atuações são magistrais.
Mas o filme vai muito além. Primeiramente, deveria ser decretado que todo mundo que assistiu a Tropa de Elite deveria ver Ônibus 174, longa anterior do Padilha. Não por acaso, os dois personagens centrais tem o mesmo sobrenome. Cap. Nascimento foi batizado em cima de Sandro do Nascimento, o sequestrador do ônibus no Jardim Botânico, segundo afirmou o próprio diretor no Programa do Jô. Os dois Nascimentos são “monstros”, contudo, à exemplo da criatura de Frankstein, estes monstros tem um criador, a Sociedade.
Embora Nascimento seja o narrador do Tropa de Elite, e a figura forte e carismática de Wagner Moura nos leve a uma próximidade com o personagem, a grande história do longa é a de André Matias. E a criação deste novo “monstro” que acompanhamos nas quase duas horas de projeção (ou no DVD ou no computador). E a cena final é fenomenal. O que esperamos do último ato de Matias? O que devemos esperar? Que ele atire e tenha o “coração”(ou a falta dele) para substituir Nascimento? Ou que ele se recusse a cometer ato de tamanha arbitrariedade e brutalidade? Aposto que pouquíssimo torcemos pela segunda hipotése. E a tela branca deixa aberto a conclusão, não do tiro, que fatalmente foi dado no rosto do traficante, mas do personagem e a nossa mesma enquanto agentes dessa trama.
Tropa de Elite é um filme díficil, pode sim gerar “efeitos colaterais”, mas como disse Pablo Villaça; “É infinitamente mais recompensador assistir a um filme que estimula a discussão e a auto-análise do que um que, por covardia ou falta de ambição, limita-se a seguir a corrente do politicamente correto.”
Leonardo OCunha
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
O medo que oferece a coragem
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Rice & Bean
Leonardo OCunha
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
A vida, a arte, a arte e a vida
Wash & Dry
domingo, 21 de outubro de 2007
sábado, 20 de outubro de 2007
Mutum no London Film Festival
Acima o trailer do festival, um deleite para cinéfilos.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Tour
Cartier, Hugo Boss e pessoas, muitas pessoas.
Hoje fez um frio maior que todos os dias, a previsão é de 4 graus para a noite, mas já estamos em casa. Quentinhos. E felizes.
Obs: O último vídeo é no Soho, um dia antes ( esse lugar é incrível!)
Livros etc
terça-feira, 16 de outubro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Adorno, Horkheimer
Leonardo OCunha
Brazil, Brasil
sábado, 13 de outubro de 2007
Fotos no Arsenal
Arsenal
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Paulo Autran
Segurei a escova por uns instantes, seguindo um estado natural de quem recebe uma notícia de morte, de fim ( ou não...) mas fiquei ali por um tempo. Eram 20h30 quando o Leo soube e imediatamente contou-me. Paulo Autran morrera às 16h em São Paulo, 20h aqui em Londres. Exatamente entre uma ou outra garfada de pizza, esse gênio dos palcos deu seu último suspiro, algo supostamente tão distante mas tão imediato e tão imediatamente sentido por nós. Por mim, que não mais pude escovar os dentes de forma rotineira. Soubemos 30 minutos depois, porém, às oito da noite em Londres. A tecnologia nos pode trazer a notícia instantanea quase imediata.
Mas estamos com 4 horas "a mais", e um pensamento me tomou, em que medida se marca o tempo e a hora da partida.
Mas eu estava a jantar, quando ele fechou os olhos. Fechou os olhos, silenciou a voz.
Apenas um breve silêncio, pois uma voz como aquela, com pausas tão perfeitas e tão envolvente não se cala jamais. Ecoa, ecoa, ecoa...
Descanse em paz Paulo Autran.
Fiquei feliz por pensar no Teatro que posso fazer amanhã.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Tempo
Butterfly
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Workshops
domingo, 7 de outubro de 2007
Museus
sábado, 6 de outubro de 2007
Boat trip to Greenwich
O lugar é todo charmoso, tem clima de cidade pequena, um mercado cheio de iguarias, várias feirinhas de coisas usadas, antiquidades, etc. Até um LP da Elis Regina encontramos.
Foi um passeio ótimo, a Julieta foi junto, nem cobraram que ela fosse da Universidade. Terminamos num Pub bem inglês, comendo Beer & Burger.
As fotos também contam muitas histórias. Enjoy:
Estou testando o Flickr
O post veio com atraso porque só agora temos internet em casa.
Leonardo OCunha
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Sunny Day
Mas como o dia de hoje está apenas começando, falemos do dia de ontem.
Tem dias que são especiais, parece que uma energia específica paira no ar. O céu azul de ontem foi muito especial. Fomos andando até a estação de metrô mais próxima à nossa casa, e deu apenas 10 minutos de caminhada, descobrimos algumas ruas da nossa vizinhança que são lindas e extremamente agradáveis.
Descemos em Westminster, com toda sua modernidade ( aqui cada estação é de um jeito e todas são muito interessantes). Subimos suas escadas e imediatamente ao sair nos deparamos com o Big Ben e senti algo inexplicável. Eu já havia visto milhões de fotografias e cartões postais e não acreditava que ficaria muito surpresa ao ver o "super" relógio. Pois acontece que fiquei estasiada, chocada, senti algo que ainda agora é vivo em mim. Ele é enorme e o prédio do Parlamento é simplesmente maravilhoso.
Ainda nessa sensação inexplicável seguimos pela ponte sobre o rio Tâmisa, ouvimos uma gaita de fole ser tocada sob um ar, sob um cheiro, que para sempre estará na memória.
Londres é uma cidade especial. Ontem vimos muitos artistas de rua, e obras de arte consagradas no Tate Britain,onde compramos um lindo poster do Mark Gertler para nossa casinha, caminhamos à margem do Tâmisa e sentamos em um banquinho, debaixo de uma árvore, para descansar. O sol era quente, o vento fresco. Vimos a tão falada London Eye, compramos amendoim torrado e encontramos algumas obras do Dali pelo caminho.
O Diego, meu colega de escola ( T.U. e Lispa) chegou, e ao nos encontrarmos ele me disse, "fico pensando porque que pessoas do mundo inteiro vêm viver nesse lugar, alguma coisa especial têm aqui...", algumas respostas já tenho pra mim, e acredito que o Leo também.
Estamos completamente apaixonados por Londres. Só pensei nos meus grandes amores, que estão aí do outro lado do oceano, e o quanto gostaria de dividir isso com eles, toda essa sensação que foi tão transformadora, e têm sido nesses 15 dias aqui. Mas palavras só descrevem. Londres é simplesmente apaixonante, inebriante, tem que vir e sentir.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Aulas
A primeira aula foi de Arts Management, e o professor, Roger, é um prático, como se auto proclamou, que não tem formação acadêmica, acho que no Brasil isso não acontece. O cara começou como porteiro de teatro e acabou um dos profissionais mais respeitados na área de gestão cultural. Quando disse que era do Brasil, a única coisa que ele comentou foi: Então vocês são os responsáveis por aquelas novelas horriveis(não sei se foi bem este o termo). Mas na verdade ele estava misturando tudo, as venezuelanas, mexicanas,(comentou das maquiagens carregadas, que com ele viu foi nas outras, não nas brasileiras.) então, tive de falar que as brasileiras são melhores, embora sejam mesmo produtos massacrantes. A aula foi um apanhado de coisas que já vi no curso de Administração.
A primeira aula de terça-feira é misturado com diversos cursos. E conheci um carioca que faz Sports Management, Bernardo, que está aqui com a esposa. O cara quebrou o tornozelo jogando futebol às vésperas de vir para Londres. A matéria e Métodos de pesquisa, e o professor é um velhinho estrábico, ajudado por uma oriental que parece homem. A segunda aula do dia é com a Maggie, a coordenadora do curso, que já tínhamos conhecido semana passada. Ela é bem empolgada e competente. E já encheu a gente de material para ler. Aqui, eles já te dão o xerox encardenado de todas as leituras do semestre, sem termos que pagar por fora, e sem problemas com copyright.
Leonardo OCunha
Solitaire
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Dupla
Check it out.
Logo mais, as fotos e comentarios do passeio.
Taxi
Este é um vídeo feito dentro do taxi, saindo do hotel e indo pro nosso flat. Isto foi segunda à noite, já faz uma semana que nos mudamos.
domingo, 30 de setembro de 2007
Um momento de suspensão
Por alguns segundos foi possivel sentir-se levitando pelo som, sentindo-o nas costas, no dorso, nos joelhos e em todo canto.
Um canto de Greenwich, cercado de muros antigos e ecoando melodias não programadas entre si, vindas de diferentes instrumentos em inúmeros pontos desse lugar.
Talvez o som tenha vindo das janelas, ou atravessado as paredes. Mas o que sabemos é que formou-se uma linda orquestra descombinada que elevou-nos à um “tom a mais” nessa deliciosa tarde de sábado.
Há música em todo canto e é maravilhoso quando a que existe dentro de nós orquestra com outros sons, por quatro cantos.
Por alguns instantes. O momento do extase dura somente alguns instantes...depois vira apreciação e degustação, saudade e sabor.
Julieta.
sábado, 29 de setembro de 2007
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Week
Faz uma semana que estamos aqui, e nosso tempo no Hotel ja esta com uma cara de mes passado.
Leonardo OCunha
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Casa
Flickr agora em português. Você clica, todo mundo vê. Saiba mais.